As autoridades de Brasília confirmaram nesta quinta-feira que subiu para 18 o número de pessoas mortas na capital federal desde o início do ano devido à superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), que tem grande resistência aos antibióticos por adquirir uma enzima. Assim, ela se tornou resistente até mesmo a um grupo de antibióticos contra infecções mais potente e pode se tornar insensível aos três únicos remédios que restaram para o seu tratamento. As mortes foram confirmadas pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal por meio de comunicado. A bactéria pode provocar desde pneumonias a fortes infecções internas.
Na semana passada, a Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções da secretaria, responsável pelo levantamento da situação nos hospitais, confirmou 15 mortes relacionadas à infecção e descartou três casos suspeitos. Na quarta-feira, o dado foi novamente revisto e foram confirmados os 18 óbitos.
Segundo as autoridades, foram registradas no Distrito Federal 183 pessoas portadoras da KPC desde janeiro, das quais 46 desenvolveram sérias infecções e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados. Em menos de duas semanas, o número de pessoas contaminadas pela superbactéria aumentou 69,44% no Distrito Federal. Conforme informações divulgadas nesta quinta-feira, o total era de 108 no dia 8 de outubro, em balanço de 17 hospitais. Na sexta-feira, os registros somavam 135 casos, sendo 15 mortes. O Ministério da Saúde informou que irá reforçar as reservas de antibióticos nos hospitais de Brasília e alertou sobre possíveis focos da bactéria em São Paulo e no Paraná.
O ministro José Gomes Temporão disse que a melhor medida de prevenção contra a bactéria é a higiene pessoal, tal como ocorria com a gripe A (H1N1). Por meio de nota, Temporão pediu que a população "mantivesse as mãos sempre limpas" e que usasse álcool em gel, "forma mais eficaz para combater a proliferação de bactérias", de acordo com o ministro.
Falta de materiais
A secretaria informou que estão em falta nos hospitais do DF alguns materiais e insumos e que o estoque será reabastecido até o fim desta semana por meio de compra emergencial. O motivo alegado pelo órgão para a falta do material é que, com o aumento do número de casos de contaminação pela bactéria KPC, houve uma demanda maior por produtos descartáveis e de higiene, o que levou ao desabastecimento antes que o novo lote dos produtos fosse adquirido. Outra razão é a suspensão de licitações que incluíam esses produtos pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que encontrou inconsistências no modelo padrão de edital usado pelo governo do Distrito Federal.
Com informações da EFE e da Agência Brasil.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4746642-EI306,00-Sobe+para+numero+de+mortes+no+DF+por+superbacteria.html
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